O GDF lançou hoje (9/8) na Universidade de Brasília o seu plano de ciclomobilidade, parte integrante do programa de mobilidade urbana ”Circula Brasília” lançado em 2015.
De acordo com o governador Rodrigo Rollemberg, o programa tem “compromisso com a qualidade de vida da população de Brasília” e é um “programa de Estado, que prioriza o transporte coletivo e o não motorizado de forma integrada”. Dentro do pilar da mobilidade ativa, o principal ponto é superar a descontinuidade da malha cicloviária, composta atualmente por 420 km de extensão. Hoje são 70 km em obras e, até dezembro de 2018, mais 148 km devem estar licitados. A meta é o DF contar com 1200 km de ciclovia até 2023.
No lançamento, foi inaugurada uma das cinco novas estações de bicicletas da UnB.
Outro ponto do plano é proporcionar a integração com outros meios de transporte, especialmente os ônibus. De acordo com GDF, até fevereiro de 2018 dez terminais de ônibus estarão equipados com bicicletários e pontos de reparos. A manutenção dessas estruturas será de responsabilidade das empresas de ônibus.
Visando a integração com o metrô, o GDF irá ampliar as estações de bicicletas compartilhadas atendendo agora as cidades de Ceilândia, Taguatinga e Samambaia. O plano de ciclomobilidade é audacioso. Segundo o próprio Governador, Rodrigo Rollemberg, a intenção é mudar o cenário da mobilidade ativa e do respeito ao ciclista no DF. Veja o vídeo abaixo gravado no dia do evento pela Rodas da Paz: Quem se locomove de bike em Brasília verá o plano como a solução para grande parte das suas aflições. Porém, com apenas mais um ano de governo, será que ele sairá do papel?
Nos primeiros três anos muitos esforços na área de mobilidade por bicicleta foram feitos, como o mapeamento colaborativo das ciclovias existentes, o projeto Mobilidade Ativa, a licitação da ciclovia da EPTG e ótimas campanhas educativas. Mas tudo isso parece pequeno diante do aumento da tarifa de ônibus, que custa atualmente R$5,00 entre as cidades.
O exorbitante Trevo de Triagem Norte e os viadutos da EPIG ajudam a mostrar que a prioridade continua sendo o uso do automóvel. Por mais que os discursos defendam a mobilidade sustentável, o orçamento segue priorizando o insustentável.
Para que este plano de ciclomobilidade seja de fato implementado, cabe a nós cidadãos acompanharmos as decisões e cobrar o governo que as promessas apresentadas hoje sejam de fato cumpridas.