Morre o ciclista Givelson da Cunha, vítima de atropelamento em Sobradinho

Amigos e familiares prestam homenagens

O policial civil aposentado Givelson Carlos Batista da Cunha, 54 anos, veio a falecer no último domingo (22/11) por complicações resultantes do atropelamento que sofreu no dia 8 de novembro de 2020 enquanto pedalava com o grupo Jaguar do Pedal na DF-205, na região do Córrego do Ouro, próximo à divisa norte do DF com o Goiás em Sobradinho. O motorista que atropelou Givelson fugiu do local ao ficar sabendo que deveria comparecer na Delegacia de Polícia, para não ser autuado em flagrante.

Givelson foi levado em estado grave com vários ferimentos, incluindo fratura no crânio, para o Hospital de Base (HBDF), onde foi submetido a uma cirurgia, recebendo alta na sexta-feira (20/11). Apesar de sua aparente melhora, no domingo acordou com forte mal-estar que resultou em parada cardíaca, sendo levado novamente ao Hospital, onde acabou falecendo por volta das 17h30.

Na última terça-feira (27/11), ocorreu o sepultamento e velório de Givelson no Cemitério de Sobradinho, onde dezenas de amigos, familiares e colegas de trabalho prestaram suas homenagens. Vários ciclistas compareceram na cerimônia, onde formaram um corredor de bicicletas para a passagem do caixão.

Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
https://www.youtube.com/watch?v=SEafb9RcOL4

Dentre as homenagens, no dia 26 de novembro também foi instalada uma ghost bike no ponto exato onde ocorreu o atropelamento, na entrada para a cachoeira Ribeirão, na região do Córrego do Ouro. Cerca de 70 ciclistas de grupos de pedal de Sobradinho e Planaltina – Jaguar do Pedal, Mixirica Bike Culture, Pedal Planaltina, dentre outros – pedalaram cerca de 35km, num trajeto de estradão com muitas subidas para prestar as últimas homenagens ao Givelson no local do acidente. O trajeto completo de ida e volta, partindo da Administração de Sobradinho II, somou cerca de 70km. A Rodas da Paz acompanhou o evento na figura do seu coordenador geral, Raphael Barros.

Agradecimento da família

Selma Batista da Cunha, irmã de Givelson, expressou elogios e gratidão à iniciativa em depoimento a Rodas da Paz. “Belíssima iniciativa. A gente só tem a agradecer por essa brilhante ideia. Além de ser uma bela homenagem, serve também para educar as pessoas”, concluiu a familiar. Segundo Selma, não havia muito tempo que Givelson passou a pedalar com frequência. No entanto, confirmou que ele realmente se apaixonou pelo esporte e costumava pedalar com pelo menos 3 grupos de Sobradinho. Representantes desses grupos marcaram presença durante a homenagem, lembrando gostos e momentos felizes que passaram junto do amigo.

Givelson se torna 15ª vítima de atropelamento neste ano de 2020. Neste ano, a Rodas da Paz colocou 6 ghost bikes em homenagem a ciclistas do DF. Também lançamos um manifesto dando sugestões e pedindo soluções para o GDF para as mortes de ciclistas.