“Não foi acidente”, afirma ONG Rodas da Paz ao programa DFTV.

No último dia 14 de novembro, Raul Aragão completaria 24 anos. Na entrevista concedida ao DFTV, a diretora da Rodas da Paz Renata Florentino afirmou o entendimento da ONG sobre o atropelamento que levou a vida do Raul: “Não foi acidente”.

DF TV – 1a edição, 2o bloco – 15/11/2017
Na data, a bicicleta (ghost bike) que marca este gesto de violência no trânsito na L2 Norte recebeu balões e flores da família, amigos e amigas dos diferentes grupos nos quais Raul atuava, entre eles a Rodas da Paz.
Johan Homannai, o motorista, estava a 95 km/h quando freiou, em uma via cuja velocidade máxima permitida é 60 hm/h, segundo a perícia (lembre aqui o que aconteceu) .
Veja o texto emocionante que o irmão mais velho de Raul compartilhou em sua homenagem.
A Rodas da Paz encaminhou ao Ministério Público representação pedindo o rigoroso acompanhando do atropelamento de Raul Aragão, ocorrido na L2 Norte dia 21 de outubro.. Um segundo documento está sendo preparado, solicitando ao MP a mudança de classificação de homicídio culposo para dolo eventual, onde o autor do ato assumiu o risco da morte de terceiros ao adotar conduta de risco (excesso de velocidade).
Conforme dados da Organização Mundial de Saúde, Se uma colisão acontece com o carro a 80 km/h, é praticamente zero a possibilidade de sobrevivência das pessoas atingidas. A 64 km/h, 85% morrem e ninguém sai ileso. No entanto, apenas 5% morrem e 30% ficam ilesos se a velocidade for de 32 km/h. Mesmo quando não há infração, a alta velocidade permitida nas vias pode transformar a todos em vítimas.
No Passeio Anual da Rodas da Paz 2017, realizado na cidade de Ceilândia, o tema foi “Sem pressa, todo mundo chega bem”. Embora Raul estivesse envolvido em diferentes projetos por uma cidade melhor, participou do Passeio e, como sempre, foi um dos voluntários mais ativos e participativos. Na foto, Raul e sua mãe, juntos, na realização do evento.

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