O dia 19 de agosto marca o Dia Nacional do Ciclista, data criada em homenagem ao brasiliense Pedro Davison, vítima da violência no trânsito em 2006. A tragédia aconteceu no final do Eixão Sul, onde uma bicicleta branca (ghost bike), vem sendo mantida pela comunidade em sua memória.
Para marcar a data, todos os anos a Rodas da Paz mobiliza o DF e participa de diversas ações. Neste ano, três iniciativas serão realizadas pela ONG:
* Árvore dos desejos: A bicicleta em homenagem ao ciclista Pedro Davison inspira os voluntários da Rodas da Paz a desejar paz para o trânsito no DF. Mensagens positivas em fitas coloridas são penduradas nas árvores ao redor da ghost bike, pedindo uma cidade melhor para todos.
* Ciclovia na EPTG: Será protocolada pela Rodas da Paz denúncia contra o Governo do Distrito Federal pelo não cumprimento dos artigos 1º, 38 parágrafo único, 44 e 58 do Código de Trânsito Brasileiro, da lei distrital 3.639/2005, que trata da necessidade de ciclovias em rodovias, e da lei distrital 3.885/2006, que dispõe sobre a Política de Mobilidade Urbana por Bicicletas.
No final do dia 19, a partir das 19h, horário do rush, voluntários e colaboradores da Rodas da Paz vão expôr três faixas para lembrar os motoristas que bicicleta também é veículo, tem direito de andar na rua, e que uma cidade mais gentil passa pelo gesto de cada um no trânsito.
O ciclista Francisco Vidal também foi vítima da violência no trânsito da EPTG no dia 22 de junho. A ciclovia na EPTG foi prometida pelo GDF em 2007, no contexto do projeto Linha Verde, e até hoje não saiu do papel. Outra perda que deve ser lembrada, é a de Ricardo José da Cruz (Doidão Tatto), voluntário da Rodas da Paz, morto enquanto pedalava no Park Way em 18 de julho, numa via de acesso ao aeroporto.
* Campanha “Viva + 30”: A Rodas da Paz lança nas mídias sociais a campanha “Viva + 30″, chamando um pacto com todas as cidades do DF pela redução imediata das vítimas da violência no trânsito. A média anual nos últimos anos é de cerca de 30 ciclistas vítimas fatais. Queremos mais e mais ciclistas pela cidade, mais e mais gentileza no convívio entre os diferentes meios de transporte. Por isso, o nome da campanha adota a perspectiva positiva: vamos assegurar que nas próximas estatísticas os números mostrem vidas protegidas da violência no trânsito.”Viva+30” significa que mais trinta ciclistas vão viver e não morrer no trânsito. Redução da velocidade, respeito ao ciclista, seguir o Código de Trânsito Brasileiro são algumas das atitudes que podem tornar Brasília a capital da mobilidade e da paz no trânsito. Menos vítimas, mais vida é o que a campanha pede. O primeiro flyer será publicado no dia do ciclista.
No DF, mais de 200 mil domicílios contam com ao menos uma bicicleta e há um carro a cada 2 habitantes, gerando uma frota de .quase 1,5 milhões de veículos motorizados. Há mais carros sendo emplacados que bebês nascendo no DF. Mais importante que a quilometragem das ciclovias, é necessário assegurar a ligação entre as cidades do DF, dar preferência à bicicleta nos cruzamentos, a integração entre os diferentes meios de transporte e valorizar o pedestre. Bicicletas são excelentes opções de esporte e lazer e são um importante meio de deslocamento do trabalhador brasileiro.
Para a Rodas da Paz, o Dia do Ciclista pede reflexão e ação de todos nós para continuar transformando nossa realidade. Quase a totalidade dos casos de violência no trânsito com vítimas fatais podem ser evitados e não devem ser considerados acidente. Os voluntários da Rodas da Paz continuarão pedalando por essa causa e todo apoio é bem vindo.
No XII Passeio Anual da Rodas da Paz mais de 6 mil cidadãos pedalaram pela mudança no paradigma das políticas de mobilidade, por mais cidade e menos velocidade. Todos os participantes realizaram um minuto de buzinaço, pela memória dos ciclistas cujas vidas foram tiradas pela imprudência de alguns motoristas e pela omissão do poder público.
Há quem defenda o GDF, que diz ter feito a maior rede cicloviária do Brasil!
é crescente a utilização de bicicletas nas via do DF. Mas não é nenhuma novidade! quem não se deu conta e não fez o seu “dever de casa” foi o governo, pois nos anos 80 já eras grande o seu uso principalmente e diferente de hoje os motivos sociais mas seu uso era conhecido e dou como exemplo a ciclovia da Avenida Hélio Prates, ligando Ceilândia a Taguatinga e hoje com tanta propaganda esta via está extinta e justamente em uma via onde sua existencia é primordial. agora nas avenidas mais novas como eptg e sem deixar de citar na EPIA, onde se instalou o “BRT – VLP”, nem sinal delas e se não me engano o código (CTB) também as prevê nessas obras certo!