por Beth Veloso, fundadora e ex-presidente da Rodas da Paz
Eu não sei se foi a tecnologia. Sorteio Digital???!!! Nunca tinha nem ouvido falar.
Ou a organização minuciosa. Entrega antecipada de camisetas???!!!! Genial!
Ou o tema, ainda verde como a nossa camiseta. Gentileza!!! Nem quase todo mundo sabe o significado dessa palavra.
Mas o passeio da Rodas da Paz rodou livre como um penguin molhado; macio como um filet mignon; forte como um peregrino e energético como um açai! Tudo parecia diferente na voz assertiva da Renata no topo do caminhão: “é o passeio mais bonito de todos!” O horário de saída! A lojinha com suas florzinhas, incluindo as charmosas vendedoras voluntárias. A voz nem tão grossa de Lenine na apurada trilha sonora: “para que chegar primeiro?”. O melhor é chegar inteiro!”. Tudo perfeito!
Alongando pernas e esticando gentilezas, rolou troca de livros e de apertos de mão de velhos amigos de antigos carnavais da Rodas da Paz. Afinal, o passeio já está no calendário da cidade. Tinha oficina para bicicleta e água para os sedentos por mais solidariedade no trânsito, nas ruas, entre as pessoas, não importa… E, do alto do caminhão de som, enxergávamos na eficiente Polícia Militar mais do que os ossos do ofício: “aquele ali é ciclista também”, emendava nossa secretária e locutora oficial do evento.
Enfim, mesmo quem não ensaiou junto, pedalou até o fim no ritmo do mesmo enredo. “As bicicletas finalmente ocuparam o seu lugar na rua”, dizia a secretária executiva da Rodas da Paz, não se contendo de emoção ao ver o Eixo Monumental fechado somente para elas, as magrelas. Nenhum carro tentando se esgueirar entre as intrépidas…
Enquanto a secretária celebrava, o inquieto presidente da Rodas da Paz se coçava até não mais resistir e cair no pedal, ora na tande dupla levando na carona solidária o portador de deficiência, ora sozinho em uma bicicleta emprestada de um conformado batedor, que o presidente da ONG, no alto de sua autoridade legal, literalmente, botou para correr atrás do caminhão de som…
Eu, de valente, diferente, corri onde todos pedalavam, comendo a poeira de um cortejo interminável que girava macio na ensolarada e brilhante manhã de domingo. Quando o gás acabou, pedi um abraço gentil do ciclista que me rebocou na sua bike até o carro de som. E mais tarde, já ao fim do passeio, me saudou em sua simplicidade generosa: “e aí?”
Íamos, eu e o ciclista propulsor de corredoras cansadas e fora de forma, tentando quebrar o bloqueio do mar de bicicletas que nos separava do carro abre-alas. Sem gás nas pernas, mas a plenos pulmões, eu gritava: “Iohhhh….iohhhhh, abrindo caminho simulando o som de uma ambulância. Efeitos pífios que chegaram a termo alguns minutos e muitas pedaladas depois.
Histórias dentro da história que devem ser contadas agora na página da Rodas da Paz na Internet. Por que não pedir aos gentis participantes que escrevam onde está o seu gesto gentil de gentileza, e a gente vai sentir que de empurrãozinho na subida até a carona por inteiro, o passeio da Rodas da Paz foi grandiosamente pequeno no seu inédito percurso infantil; foi corajosamente organizado na suas artes tecnológicas de postagens instantâneas no Facebook, foi experimentalmente um laboratório de trocas culturais e gentis por meio do projeto Roda do Livro. Como diz Betânia, cada ser carrega em si o dom de ser feliz, porque capaz de fazer o melhor passeio da Rodas da Paz de todos os tempos, essa turminha já é! Valeu Jonas, Renata, Beth, Talita e mais um monte de gentes que fazem da gentileza um grande acontecimento nesta cidade!
Com um sorriso grande como um guarda-chuva, a doce voluntária Sabrina se posicionava em frente ao cofrinho do Rodas – uma bicicleta decorada com tecidos de motivos infantis – e seduzia:
– Bicicleta gera o quê? – perguntava, respondendo ela mesma: gentileza!!! E gentileza? Generosidade!!!! (Bingo)
E assim a cestinha da bicicleta materializava o que a gente sentia no ar e nos olhares: como é especial estar aqui!
Bingo!
Não há palavras suficientes para agradecer a todos os voluntários e membros efetivos do Rodas, que fizeram desse passeio um evento mais do que perfeito, bonito, seguro e alegre (trilha sonora irretocável)! Fomos eu e meu filho, que pode agora contar aos amigos que atravessou a Terceira Ponte pedalando! Graças ao Rodas, cada vez mais crianças e adultos podem dizer isso neste momento, e se saber capazes de ir longe com a força de suas pernas!
Muito lindo…
Gabriel do Grupo PDD (Pedal dos Doidos) o gentil batedor … Parabéns 🙂
Sou feliz por participar deste grupo tão amado.
Estou muito radiante em ter participado do meu primeiro evento no Rodas da Paz, e como batedora.
É gratificante ver pessoas sorrindo nas ruas gerando gentileza aos demais…
Reunir pessoas de todas as idades e suas naturezas especiais …
Voltar para casa e contar aos seus queridos o quanto foi glorioso o evento e como não vê a hora do ano passar rapidinho para participar novamente …
Pedalando e incentivando por um mundo melhor vamos girando…
Vamos soltar nossos braços e abraçar aqueles que ainda não sentem a energia singular passar no rosto, a felicidade entre os espaços do capacete, segurar firmemente com luvas de glória subidas da vida que no final tudo é festa, superação e gratidão …
Que venham mais eventos e mais gentileza 🙂
Um abraço cheio de amor e carinho a todos!
Esse é o Gabriel do Pedal dos doidos São Sebastião Df. Gentil por demais nosso amigo Biel